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terça-feira, 10 de setembro de 2013


As maiores descobertas da física

Alexandre Versignassi | 01/05/2005 00h00

O que somos? De onde viemos? Ninguém tem como responder. Mas muita gente já tentou. Primeiro, olhando para o céu. Depois, indo fundo na matéria. As grandes descobertas vieram da evolução ou da junção de várias idéias geniais. Ou, como disse Isaac Newton: “Eu vi mais longe que os outros, mas porque estou sentado no ombro de gigantes”. Veja o que esses gigantes nos ensinaram.

1543 - Modelo heliocêntrico
Em 300 a.C., o grego Aristarco de Samos já defendia que a Terra girava em torno do Sol. Mas foi só com o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) que a hipótese virou teoria com base matemática. Mesmo assim, ainda levaria mais de um século para o modelo heliocêntrico ganhar status de irrefutável.

1618 - 3ª Lei de Kepler
O alemão Johannes Kepler (1571-1630) era um dos poucos defensores da teoria de Copérnico. Tanto que acabou melhorando a coisa. Descobriu que, quanto mais perto um planeta estivesse do Sol, maior seria a velocidade de sua órbita. Quer dizer: um astro podia afetar outro sem que eles sequer se tocassem. Como? Isso só seria descoberto uns anos mais tarde.

1686 - Teoria da gravitação
O físico inglês Isaac Newton (1643-1727) descobriu que existe uma estranha força de atração por trás da matéria. E que essa força que mantém os planetas presos ao Sol só podia ser a mesma que gruda nossos pés no chão. Deu nome latino à tal força: gravitas (peso).

1803 - Teoria atômica
O mundo é feito de átomos. Isso o grego Demócrito já defendia em 400 a.C. Mas foi o químico inglês John Dalton (1766-1844) quem deu o passo decisivo. Ele viu que cada tipo de gás numa mistura se comportava de um jeito diferente, e concluiu que eles eram formados por átomos diferentes. Os tijolinhos de matéria deixavam a filosofia e entravam para a ciência.

1873 - Força eletro-magnética
Não é só de gravidade que vive o Universo. Quem notou isso foi o físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879), o primeiro a mostrar de que forma funciona a força eletromagnética. Depois, descobriria-se que ela é a “gravidade dos átomos”: a força que mantém os elétrons na órbita dos núcleos atômicos, trilhões e trilhões de vezes mais forte que a gravitacional.

1901 - Teoria dos quanta
Se a matéria é feita de átomos, porque a energia não seria? Foi o que pensou o físico alemão Max Planck (1858-1947). Sua Teoria dos Quanta mostrava “bolinhas” indivisíveis de energia formavam a luz e o calor. Quatro anos depois, um experimento de outro físico provou que Planck estava certo – e abria caminhos para a física nuclear.

1905 - Teoria da Relatividade Especial
O alemão Albert Einstein (1879-1955) descobriu que matéria e energia não dançam num cenário estático, feito de espaço e de tempo. Ele deixou claro que o tempo é maleável. Quanto mais rápido alguém se move, mais devagar caminha pelo tempo. Se você pudesse correr a 1 bilhão de km/h, veria um século passar em um segundo pela janela do carro.

1916 - Teoria da Relatividade Geral
Com a teoria, Einstein provou que a gravidade não é uma força, mas o resultado de uma geometria invisível do espaço e do tempo. Resumindo: quanto mais massa um corpo tiver, mais deforma essa geometria. E, maior a deformação, maior será a gravidade.

1927 - Teoria quântica
Um corpo pode ficar em vários lugares ao mesmo tempo. Sim, basta que ele seja pequeno como uma partícula subatômica. Quando o físico alemão Werner Heisenberg (1901-1976) descobriu isso, estava fundada a física quântica – ela rege o mundo ultramicroscópico, um lugar onde a noção de espaço deixa de fazer sentido: é como se tudo estivesse sempre em todo lugar.

1948 - Modelo do Big Bang
O astrônomo americano Edwin Hubble (1889-1953) percebeu, em 1924, que as galáxias se afastam umas das outras. Com base nisso, o físico russo George Gamow (1904-1968) imaginou que toda a matéria já se reuniu em um ponto infinitesimal, que “explodiu” há 15 bilhões de anos num evento batizado de Big Bang. O Universo ganhava uma data de nascimento.

domingo, 8 de setembro de 2013


A CRIPTOGRAFIA QUÂNTICA DECOLA

Leitura bem sucedida do feixe de fótons enviados de avião pode um dia levar as comunicações por satélites criptografadas. (Por Andrew Grant)
A criptografia quântica entrou amigavelmente nos céus?. Um feixe preciso de fótons emitidos a partir de um avião permitiu aos pesquisadores em terra criarem uma chave de criptografia quase inquebrável para proteger as informações. O experimento, segundo a revista Nature Photonics, é um passo importante para a criação de uma rede global de comunicação segura, baseada em irradiar fótons de/para satélites.
"É uma viagem de força técnica", diz Seth Lloyd, um engenheiro mecânico no MIT que não esteve envolvido no estudo.
A idéia de explorar a mecânica quântica para canais de comunicação segura não é novo: Desde 1980, os cientistas criaram chaves de criptografia com conjuntos de fótons cujos spins individuais são conhecidos apenas pelo emissor e receptor. Se um terceiro indivíduo entra na conversa, o spin do fóton muda, alertando os envolvidos na comunicação para suspender a troca de informações.
O impedimento de qualquer comunicação quântica, no entanto, é estabelecendo uma conexão robusta que permite o emissor e o receptor detectar e manipular fótons um por um. Isso é difícil realizar entre pontos estacionários, mas o físico Sebastian Nauerth da Universidade Ludwig Maximilians, em Munique, e sua equipe irradiou os fótons de um avião voando a cerca de 300 quilômetros por hora.
Os investigadores instalou um laser, na parte inferior do avião, que enviou um feixe estreito de fótons para uma estação terrestre a 20 km. O sinal era forte o suficiente para que um remetente no avião e um receptor na terra fosse capaz de estabelecer uma chave de criptografia quântica, informaram os pesquisadores. Essa chave pode um dia ser usada para decodificar as mensagens enviadas a partir de qualquer lugar do mundo e retransmitida via satélite